Mais uma vez rompe como uma tormenta de verão
Esse insaciável desejo de possuir teu corpo.
Desenfreado e desvairado arde em brasa,
Deixando-me cego e fazendo perder a direção.
Impetuoso e displicente,
Mais uma vez liberto de seu cativeiro.
Sedento e sanguinário buscando saciar-se,
Esquecendo totalmente do que o cerca.
Ficando preso apenas as sensações desenfreadas,
Contidas apenas na ânsia de um desejo.
Buscando aleatoriamente uma vítima incauta,
Seduzida pelas doces palavras por ele proferidas.
Certo do poder que tem, encurrala e acua,
Sem a menor intensão de saciar seu desejo.
Apenas satisfaz-se com essa brincadeira,
Deixando vítimas intactas com feridas profundas.