Me encantei - II

De início, sincero serei,

Encantei-me, de um forma única.

Infelizmente não sei como expressar,

Assim, busque em meu olhar, pois la estampado estará.

Não sei exatamente a forma correta de demonstrar,

Ou se devo apenas me calar.

Saiba que de certa forma sua beleza intimida,

E mesmo assim paixões múltiplas conquista.

Tens uma força de atração difícil de negar,

Saiba que isso não e fácil de encontrar.

Alguns temerão, outros já, ansiosos já se entregarão,

Nessa doce aventura, que somente sua força uma bússola será.

Não sei muito sobre os mistérios que tens,

E descobri-los, uma odisseia seria.

Assim, nos, meros mortais,

Contemplamos fascinados tua beleza,

Musa inspiradora de divinos poemas.

Talvez não sejam as mais eloquentes estrofes ditas a ti,

Mais saiba que são as mais singelas.

De um fã, nada anónimo,

Que desejas um a um seus mistérios descobrir.

Como Falar

Porque você não percebe,

O esforço que faço para estar ao seu lado.

A delicadeza que tenho ao falar e no agir,

Quando estamos juntos.

Não meço a distância e tão menos conto as horas,

Pois o que mais aniso e poder me deliciar com sua presença.

Fico aqui imaginando formas e formas

Para poder apreciar ao máximo cada instante junto de ti.

Tento ser o melhor que posso no ser e no agir,

Mais parece que mesmo assim não consigo atrair seu olhar.

Lhe escrevo dezenas e dezenas de linhas,

Exaltando o que em ti me fascina e mesmo assim,

Insiste em não me notar ou finge por uma comodidade incomoda.

Talvez tenha escolhido a forma errada de me aproximar,

De demonstrar o meu querer.

Pois sempre sonhei ter um grande amor,

Construido em cima de uma grande amizade,

Onde a cumplicidade fosse tão grande que nos confundiríamos.

Uma excelente desagradável companhia

Hoje novamente eu e ela,

Sentaremos a messa e partilharemos novamente

Não só a companhia um do outro,

Mais também o sabor do instante.

Pena que fotos não retrate bem a sua presença,

Pois somente eu consigo a ver,

Em meus olhos marejados de emoção

Tão ilustre e ao mesmo tempo desagradável presença.

Olhe que e um misto de emoção,

Pois tem instante que a deseje mais que tudo.

Já em outras sua presença não deseja,

Se torna um fardo que ainda não sei controlar.

Assim dia a dia, tento não me culpa,

Pois sei bem que foi eu quem deixou a porta aberta.

Tenho que me acostumar, mais não desejo que fique,

Nunca sairá por completo de minha jornada.

Sei que tudo depende de como eu possa me comportar,

Aprender a domar meus medos e fortalecer minhas coragens.

Deixar a vida me surpreender e me abrir para tudo,

Só assim esta leal e triste figura que divido a mesa nesses instantes partira.

Hoje, que seja bem-vinda,

Amanha que seja apenas uma visita de cortesia.

Que em breve, seja uma lembrança que traz autoconhecimento,

Seu nome,

                                                                                        “Solidão”.