Sábio e tolo escritor,
Todo pretensioso em seu escrever.
Acredita dominar as palavras,
Para poder exprimir seus imaturos sentimentos.
Em sua mítica e inicial odisseia,
Já tem conquistas.
Nada grandioso quanto seus antepassados helênicos,
Mas ao mesmo tempo,
Nada que mereça o desconhecimento.
Escreves com a prepotência,
De quem acredita ter vivido muito.
Mais entrincheirado em seus medos,
Priva-se de saborear cada instante dessa aventura.
Inspira-se na vivência de outros,
Mais perde as cicatrizes e saberia do viver.
Ao mesmo tempo que deseja embriagar-se,
Desse doce néctar chamado vida.
Assim, vive e arrefece-se,
Pelo escrever e apagar de seus versos.
Rezando para que este mundo,
Criado pelo absorver de sua tinta,
Faça-se real não epenas em seu imaginar.