Desejarmos o infinito quando encontramos algo que nos
fascina,
Quando nos amedronta ou nos faz sofrer, sonhamos que
seja breve.
A vida e cheia dos diversos momentos, pena que as
vezes só conseguimos
Desejar que seja tudo breve, pois ainda não sabemos
aproveitar o que nos fascina.
Sou desses que em silencia deseja o sorriso que vejo
diariamente,
Quando nos cruzamos indo e vindo do trabalho ou na
praça dos bancos.
E assim anseio que estes breves momentos sejam eternos
e infinitos,
Mais não tenho a coragem de chegar, lutar para
conseguir ter esse tesouro.
Meu medo me faz ser aquele que apenas observa a história
de um canto,
Sentindo-se incapaz de entrar em cena e reescrever o
que ainda não foi escrito.
Digo que aprendo com os erros dos outros citando provérbios
antigos para justificar
A falta de coragem de me ariscar e assim aprender com
meus erros e acertos.
Vejo a cada novo tesouro descoberto o pedreiro “MEDO”
construindo
Novamente em meu caminho mais um murro, fazendo desta
minha vida,
Um imenso labirinto de frágeis paredes, as quais temo destruí-las.
Temor por não ter a c certeza de encontrar um solo
firme a me sustentar,
Esquecendo-me, que mesmo em terrenos frágeis podemos
encontrar
Os mais lindos, exuberantes e raros tesouros.
Desejar o infinito quando tive você em meus braços foi
fácil,
Sonhar que a dor de não mais poder tela fosse breve,
irracional.
Colocar a culpa de tudo nos seus medos talvez fosse o
mais fácil,
Esquecendo que eu mesmo fui incapaz de fugir desse pesadelo,
Que alimentei durante anos e anos e agora já não encontro a saída.
Diz o ditado que quando conhecemos nossos medos, a vitória
e mais fácil,
Talvez possa ser, se encontramos a corregem que
deixamos em um canto escuro
Deste labirinto cheio de sobras e fantasmas de sonhos presos
as paredes frias e mórbidas,
Sonhando que o infinito tenha apenas
esbarrado no murro de seus medos.